Diabetes
Glicemia: o que é, como medir e controlar seus níveis diários
18 de jul. de 2025

Falar sobre glicemia pode soar técnico, mas está muito mais presente na rotina do que imaginamos. Ela se esconde nos exames de rotina, aparece em conversas sobre alimentação e quase sempre está nas instruções médicas quando o assunto é saúde metabólica. O curioso é que apesar de soar tão distante, entender o funcionamento do açúcar no sangue pode transformar nossa relação com o corpo e a alimentação.
Dr. Marcos, além de médico, é um apaixonado pelo ensino de métodos naturais para transformar a saúde e o metabolismo. Projetos como o dele buscam descomplicar a informação, fazendo com que até os conceitos aparentemente complexos, como o controle do açúcar sanguíneo, fiquem evidentes e possíveis de serem colocados em prática no cotidiano. Falaremos mais sobre essa relação ao longo do texto.
Glicose no sangue: a base para entender a glicemia
O termo glicose remete à pequena molécula de açúcar circulando pelo sangue. Em termos simples, é a principal fonte de energia do corpo. Cada célula, tecido e até mesmo o cérebro necessita de glicose para funcionar. Quando alguém diz “controle glicêmico”, está se referindo a equilibrar a quantidade dessa substância no sangue, evitando que fique acima ou abaixo dos valores considerados ideais.
Sem glicose, o corpo não funciona direito.
Quando comemos, principalmente carboidratos, eles são decompostos até virarem glicose. Esta entra na corrente sanguínea, aumentando temporariamente sua concentração. O hormônio insulina, então, atua direcionando a glicose para dentro das células, “limpando” o sangue e regulando os níveis.
O que pode parecer uma dança simples, rapidamente desequilibra se há resistência à insulina, falta de produção do hormônio (como ocorre no diabetes tipo 1) ou excesso de ingestão de carboidratos de alta absorção. O corpo, com isso, pode ficar tanto “afogado” quanto “sedento” em açúcar, resultando respectivamente em hiperglicemia ou hipoglicemia.
Valores de referência: quando a glicemia é considerada normal?
Existe um consenso clínico sobre os valores considerados normais e alterados do açúcar no sangue, o que é essencial para se diagnosticar perigos como o diabetes ou o estágio anterior, o pré-diabetes.
Em jejum: uma pessoa saudável apresenta valores entre 70 e 99 mg/dL.
Pós-prandial (após as refeições, geralmente 2 horas depois): menor que 140 mg/dL.
Hemoglobina glicada (HbA1c): indica a média de glicemia nos últimos 2 a 3 meses. O ideal é menor que 5,7%.
Já na faixa entre 100 e 125 mg/dL em jejum ou 5,7% a 6,4% de hemoglobina glicada, fala-se em pré-diabetes. Acima de 126 mg/dL em jejum (em duas ocasiões) ou valores de hemoglobina glicada acima de 6,5% sugerem diabetes.
Para pessoas com diagnóstico de diabetes, os alvos podem ser individualizados, mas geralmente se busca manter o açúcar em jejum entre 80 e 130 mg/dL e pós-prandial abaixo de 180 mg/dL.
Como medir o açúcar: métodos de avaliação glicêmica
Monitorar o açúcar no sangue é algo que ficou bastante democratizado e acessível, principalmente para pessoas com diagnóstico ou suspeita de diabetes. Diferentes métodos existem atualmente:
Glicemia capilar: o exame com glicosímetro
O glicosímetro é aquele pequeno aparelho que, com uma gota de sangue da ponta do dedo, mostra na tela o valor da glicose em menos de 10 segundos. Ele é prático, portátil e permite medições ao longo do dia — em jejum, antes de dormir ou após as refeições.
Segundo orientações que podem ser lidas em explicações sobre a medição de glicemia capilar, esse exame é indispensável para controlar e ajustar tratamentos, especialmente no uso de insulina ou para confirmar suspeitas de hipoglicemia.

Teste oral de tolerância à glicose (TTGO)
Para o diagnóstico de diabetes e pré-diabetes, muitas vezes é solicitado o TTGO. O exame começa com a medição do açúcar em jejum, seguido da ingestão de uma solução açucarada, com nova coleta após 2 horas. Valores acima de 200 mg/dL indicam diabetes; entre 140 e 199 mg/dL após 2 horas sugerem intolerância à glicose.
Sensores contínuos de glicose
A tecnologia avançou muito nos últimos anos. Agora, pequenos sensores instalados (geralmente no braço) podem captar a concentração de glicose do líquido intersticial, fornecendo leituras automáticas e contínuas ao longo do dia. Dados como os descritos no Instituto da Pessoa com Diabetes destacam a contribuição desses aparelhos para otimizar tratamentos e reduzir complicações, principalmente em pessoas com diabetes tipo 1 e 2.
Esses sensores são especialmente úteis para detectar variações rápidas e discretas que podem passar despercebidas nos exames tradicionais. Eles também evitam o incômodo das inúmeras picadas diárias, agregando praticidade ao monitoramento.
O acompanhamento detalhado é parte central do que Dr. Marcos propõe em seus programas, já que mudanças personalizadas são muito mais eficazes quando ajustadas com base em dados reais e atualizados sobre a glicose.

Diabetes, pré-diabetes e os critérios diagnósticos
Talvez alguém já tenha ouvido falar nos termos pré-diabetes, diabetes tipo 1 ou tipo 2. Mas o que esses nomes significam na prática?
Pré-diabetes
Isso ocorre quando o açúcar ultrapassa os valores normais, mas ainda não chega a ser diagnosticado diabetes. Trata-se de um alerta do corpo, dizendo que mudanças são urgentes. Os valores do sangue em jejum (100 a 125 mg/dL) ou a hemoglobina glicada entre 5,7% e 6,4% caracterizam esse estado.
Diabetes tipo 1
Geralmente aparece em crianças, adolescentes ou adultos jovens. É causado pela destruição das células do pâncreas responsáveis por produzir insulina. Aqui, o tratamento requer o uso diário do hormônio, enquanto a alimentação e os exames regulares ajudam a evitar oscilações perigosas.
Diabetes tipo 2
Muito mais associado ao estilo de vida, sedentarismo e alimentação desbalanceada, aparece mais frequentemente em adultos. No início, o corpo ainda produz insulina, mas ela “não funciona direito” porque há resistência nas células. Terapias podem ir desde mudanças de hábitos até o uso de medicamentos e insulina, a depender da evolução do quadro.
Importante ressaltar: os valores do TTGO também ajudam a identificar esses estágios, especialmente nos casos em que o diagnóstico não é claro pelo jejum ou pela hemoglobina glicada. Repetindo, resultados de TTGO entre 140-199 mg/dL indicam intolerância à glicose (pré-diabetes), e resultados acima de 200 mg/dL confirmam o diabetes.
Por que a oscilação da glicemia faz mal?
Muitas pessoas acreditam que o maior problema do diabetes são os sintomas evidentes, como a sede excessiva, o cansaço ou a vontade frequente de urinar. A verdade é que, na maioria dos casos, o açúcar no sangue pode ficar elevado silenciosamente por meses ou anos, provocando estragos nos vasos, nervos e órgãos.
O maior perigo não é o sintoma. São as complicações silenciosas.
Complicações do açúcar elevado
Doença cardiovascular: infartos, derrames, insuficiência cardíaca.
Comprometimento renal: perda progressiva da função dos rins, muitas vezes irreversível.
Retinopatia: dano nos olhos, podendo levar à cegueira.
Neuropatia: lesão nos nervos, causando dores, insensibilidade nas extremidades ou formigamentos.
Pé diabético: úlceras e infecções nos pés, por vezes levando à necessidade de amputação.
O acompanhamento rotineiro é, por isso, uma das principais recomendações de projetos como o do Dr. Marcos, já que, quanto mais cedo as oscilações e desajustes são percebidos, maiores as chances de evitar sequelas.
Quando o açúcar baixa: entendendo a hipoglicemia
Do outro lado do espectro está o risco do açúcar cair demais, um perigo especialmente para quem trata diabetes com insulina ou certos medicamentos. Sintomas típicos de hipoglicemia são fome, sudorese, tremores, confusão mental, batimento cardíaco acelerado e, em casos graves, desmaios ou convulsões.
A hipoglicemia geralmente ocorre quando:
Há uso excessivo de insulina ou antidiabéticos.
Fica-se muito tempo sem se alimentar.
Pratica-se atividade física em jejum.
Consome-se menos carboidrato do que o necessário.
Confirmar a hipoglicemia se faz com o glicosímetro, e basta um valor abaixo de 70 mg/dL para acender o alerta. Segundo recomendações, como as do DECO PROteste, é fundamental medir sempre que houver sintomas suspeitos.
Monitoramento constante: rotina para evitar surpresas
Medir a glicose esporadicamente costuma ser suficiente para pessoas saudáveis, mas para quem tem diabetes os controles diários são definitivos no manejo da doença. Segundo a recomendação da UOL Saúde, para quem tem diabetes tipo 1, recomenda-se medir o açúcar no sangue pelo menos 3 a 4 vezes ao dia, incluindo antes e depois das refeições e antes de dormir — em alguns casos até mesmo durante a madrugada.
Quanto mais informação, mais controle.
A frequência do acompanhamento em pessoas com diabetes tipo 2 pode variar, principalmente se não estiverem usando insulina. Com a chegada dos sensores e aplicativos conectados, personalizar o monitoramento virou parte essencial do tratamento — algo que programas como o do Dr. Marcos buscam incentivar em quem deseja assumir a direção do próprio cuidado.
Alimentação: impacto direto no açúcar sanguíneo
Comer mal é uma garantia para oscilar o açúcar ao longo do dia. Não se trata apenas de cortar doces, mas de observar combinações, horários e tipos de alimentos. Refeições ricas em fibras, proteínas e gorduras saudáveis promovem aumentos mais suaves do açúcar, enquanto alimentos processados, açúcares simples e farinhas refinadas provocam picos rápidos e duradouros.
O site Minha Vida destaca que manter rotina alimentar regrada, com três grandes refeições e pequenos lanches, ajuda a evitar picos e quedas bruscas da glicose, trazendo estabilidade ao dia a dia. Pequenas atitudes simples — como incluir fibras (aveia, verduras, frutas com casca), evitar jejum prolongado e fracionar o consumo de carboidratos ao longo do dia — já costumam fazer muita diferença.

Atividade física: o exercício regula a glicemia
Não é mito: praticar exercícios físicos reduz, sim, o açúcar do sangue. Com a contração muscular, as células captam mais glicose sem depender tanto da insulina. O blog Memed enfatiza: o exercício regular melhora tolerância à glicose e a resposta do corpo à insulina, ingrediente fundamental para o controle da doença.
Caminhadas, ciclismo, musculação e esportes em geral atuam como “aliados” do pâncreas, facilitando o trabalho dos hormônios.
O ideal? Escolher atividades prazerosas, evitando sedentarismo. Não existe exercício obrigatório, mas sim movimento constante.
Para quem utiliza insulina, é prudente planejar os horários e monitorar atentamente os níveis antes, durante e após a atividade.
Uso de medicamentos: quando os ajustes naturais não bastam
Mudanças no estilo de vida são o primeiro passo, especialmente no pré-diabetes. Mas, em muitos casos, isso não é suficiente para deixar o açúcar nos valores desejados. Existem diversas classes de remédios, desde os que aumentam a sensibilidade à insulina até os que ajudam o pâncreas a produzir mais hormônio ou reduzem a absorção pelo intestino.
O uso deve ser sempre individualizado — e requer acompanhamento próximo do médico. O exagero de medicamentos, sem ajustes de hábito, raramente produz resultados duradouros e estáveis. Por isso, projetos como o do Dr. Marcos buscam educar e empoderar os pacientes a assumir papel ativo na própria saúde, otimizando a combinação entre recursos naturais e, quando necessário, medicamentos.

Acompanhamento regular: saúde é uma construção contínua
Ir ao médico só “quando precisa” pode custar caro. O controle do açúcar é uma daquelas áreas onde a prevenção regular é insubstituível.
Check-ups anuais são recomendados para todos, aumentando a frequência em pessoas de risco ou já diagnosticadas com alterações.
Ajuste de doses, discussão de sintomas e orientação alimentar devem ser constantes, principalmente em pessoas sob tratamento.
Registro da glicemia diária em caderneta, apps ou sensores, permite ao médico identificar padrões, orientar mudanças e prevenir crises.
Dr. Marcos incentiva que cada pessoa se torne gestora da própria saúde, mas reconhece que a parceria com o profissional médico é indispensável para traçar estratégias seguras e personalizadas.
Participação ativa: o paciente como protagonista
Controle não se trata apenas de repetir exames ou tomar remédios. É observar, anotar, questionar e ajustar. Pequenas mudanças em alimentação, rotina e atividade física podem se somar e fazer enorme diferença no dia a dia, reduzindo o risco de complicações e melhorando qualidade de vida. Nada substitui o olhar atento do próprio paciente, que conhece as sutilezas e reações do próprio corpo.
Muitas das reflexões compartilhadas nos conteúdos do Dr. Marcos vêm justamente da experiência clínica e do contato próximo com quem vivencia, na prática, os altos e baixos do açúcar no sangue. Transformar conhecimento em atitudes é uma jornada que requer paciência, flexibilidade e adaptabilidade. Mas é possível, sim.

Gestão da saúde mental e neurociência
Pouco se fala, mas o controle emocional e a saúde mental também impactam os níveis do açúcar no sangue. Situações de estresse, ansiedade crônica ou distúrbios do sono elevam o cortisol e outros hormônios contra-reguladores, favorecendo elevações inesperadas. Técnicas de relaxamento, respiração cuidadosa, meditação e até leituras reflexivas como as recomendadas por Dr. Marcos podem ser estratégias de equilíbrio.
Corpo e mente se entrelaçam. O equilíbrio começa de dentro para fora.
Consistência e acompanhamento: desenhando um novo caminho
Para muita gente, falar sobre açúcar no sangue está relacionado apenas ao diabetes. Mas cada organismo, em alguma medida, já enfrentou desafios de equilíbrio. O segredo? Identificar tendências, agir cedo, ajustar com flexibilidade e jamais perder de vista que a rotina constrói saúde, dia após dia.
O projeto do Dr. Marcos busca inspirar esse protagonismo, oferecendo informação, acolhimento e oportunidades de transformar o cuidado em ação. Aproveite para interagir, enviar sua dúvida, agendar uma conversa ou conhecer melhor as opções disponíveis — seja para superar um platô, reverter o pré-diabetes ou apenas trazer mais energia para os dias.

Conclusão: um caminho possível para saúde plena
Controlar o açúcar sanguíneo não precisa ser tarefa árdua ou limitada a especialistas. Passos pequenos, atenção contínua e uma dose de curiosidade bastam para iniciar — e manter. Não espere o aparecimento dos sintomas ou das complicações para investir em autoconhecimento. Um estilo de vida equilibrado, com alimentação adequada, exercícios e mente saudável, traz benefícios que vão além do controle glicêmico: devolvem autonomia, energia e até esperança.
Se quiser saber mais, tenha acesso a conteúdos, aulas e orientações práticas sobre o tema, ou mesmo agendar sua consulta, entre em contato com a equipe do Dr. Marcos. Sua trajetória para um metabolismo equilibrado pode começar assim — com escolha, informação e coragem para mudar.
Perguntas frequentes sobre glicemia
O que é glicemia?
Glicemia se refere ao nível de glicose (açúcar) presente no sangue. É a principal fonte de energia do corpo, especialmente para o cérebro e músculos. Manter esse valor dentro dos limites de referência ajuda a evitar sintomas e complicações, sendo parte central do diagnóstico e controle do diabetes.
Como medir os níveis de glicose em casa?
O método mais comum é o uso do glicosímetro, um pequeno aparelho portátil. Basta picar a ponta do dedo, coletar uma gota de sangue e aplicar na fita reagente. Em segundos, aparece o valor da glicose. Sensores contínuos, disponíveis em farmácias especializadas, podem medir sem picadas repetidas, mostrando os dados em tempo real em aplicativos ou monitores, o que facilita muito, principalmente para quem precisa de controle rigoroso.
Quais são os valores normais da glicemia?
Para pessoas saudáveis, os valores em jejum costumam variar de 70 a 99 mg/dL. Após as refeições (pós-prandial), até 140 mg/dL são considerados adequados. Hemoglobina glicada abaixo de 5,7% revela média satisfatória dos últimos 2 a 3 meses. Valores intermediários (100-125 mg/dL em jejum, HbA1c de 5,7%-6,4%) indicam pré-diabetes, e acima desses limites sugerem diabetes confirmado.
Como posso controlar minha glicemia naturalmente?
Mudando o estilo de vida. Ter uma alimentação rica em fibras, proteínas magras, grãos integrais e vegetais. Praticar exercícios físicos regularmente ajuda o músculo a captar mais glicose sem depender apenas da insulina. Manter rotina, evitar jejum prolongado e gerenciar o estresse também são estratégias eficazes. O projeto do Dr. Marcos trabalha muito essa abordagem prática, sempre com orientação baseada em evidências.
Quando devo procurar ajuda médica para glicemia?
Sempre que perceber alterações persistentes nos valores dos seus exames, sintomas de hipoglicemia (sudorese, tremores, confusão, sensação de desmaio), de hiperglicemia (sede excessiva, urina em grande quantidade, cansaço fora do comum) ou dúvidas sobre o ajuste de medicamentos e alimentação. O acompanhamento regular previne complicações e orienta mudanças personalizadas, aumentando sua qualidade de vida.